Brasileiros recorrem cada vez mais a geração de energia solar por conta do aumento da conta de luz, causado pelo rombo da crise hídrica. A geração de energia solar pode ser feita em pequenos terrenos, telhados, fachadas e até mesmo em janelas!
Segundo dados do Portal Solar Franquias, a potência instalada nos sistemas dos consumidores saltou de 4,7 gigawatts (GW) em janeiro deste ano para 7,3 GW até o início de novembro, um crescimento de 53% no período.
A previsão para 2022 é que a alta no preço da energia elétrica continue e atinja marcas superiores a 20% de aumento.
De acordo com o publicado em O Estadão, que parece ter acesso documentos internos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), é trágica a projeção sobre o impacto financeiro que a atual crise hídrica terá sobre a conta de luz em todo o País.
“Nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%”.
Considerando dados da própria Aneel, o reajuste acumulado neste ano só para o consumidor residencial chega a 7,04%, ou seja, o aumento projetado para o ano que vem praticamente triplica a alta de 2021. Em 2020, o aumento médio foi de 3,25%.
Mesmo com os desafios da pandemia de COVID-19, enquanto muitos setores perderam receita, o mercado de energia solar tem se mostrado cada vez mais resiliente nos últimos 18 meses, contando com o aumento de vendas.
“A evolução desse mercado confirma que cada vez mais os consumidores brasileiros tomam consciência da necessidade de buscar soluções sustentáveis para enfrentar as elevadas tarifas de energia elétrica e as mudanças climáticas”
Explica o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer.
Com a situação hídrica cada vez mais precária, as contas de luz cada vez mais altas, esta parece ser uma tendência natural da evolução da geração de energia no Brasil.
A área técnica da Aneel concluiu que, até abril de 2022, as "melhores estimativas" apontam para um rombo de RS 13 bilhões, "já descontada a previsão de arrecadação da receita da bandeira tarifária patamar escassez hídrica no período", ou seja, o nível mais alto de cobrança da taxa extra.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a alta nas tarifas de energia elétrica foi de 30% nos últimos 12 meses no Brasil. Por conta da crise hídrica, somente em 2021, a alta já é de 25%.
A geração de energia solar mostra-se como uma perfeita alternativa, possibilitando até que alguns consumidores vendam para seus municípios a geração excedente de energia que não foi usada. Trata-se de um mercado em acelerado crescimento econômico.
A projeção para 2022 é de uma aceleração ainda maior graças a previsão de continuidade do encarecimento da conta de luz.
O mercado de energia solar também possui previsão de ser ainda mais impulsionado por questões regulatórias. Até o final de 2021 espera-se que seja aprovado pelo governo o marco legal da GD (PL 5829/19), trazendo uma maior previsibilidade e segurança jurídica para o mercado. O CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer afirma que:
“Estamos em um ritmo de crescimento acelerado mesmo com as adversidades do cenário econômico nacional. Para 2022, nem mesmo a elevação dos preços dos equipamentos deverá parar a energia solar no Brasil”
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Texto: Elise Gomes
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